10 erros da Logística farmacêutica. Fuja deles!
Conheça os dez erros mais comuns na logística farmacêutica e saiba como evitá-los para conseguir a máxima eficiência no armazenamento e transporte de medicamentos
Quem trabalha na indústria em geral sabe o tamanho do desafio que é adequar o transporte às características de cada carga. Uma tarefa que deve ser feita com atenção a inúmeros detalhes e muita rigidez, levando em consideração as propriedades dos produtos. Na indústria farmacêutica, isso é ainda mais delicado. Por essa razão, é importante ficar atento aos 10 erros da logística farmacêutica!
Manter as propriedades e a eficácia dos medicamentos é essencial para adequação às normas regulamentadoras e à eliminação dos riscos à saúde dos usuários. Além disso, uma boa logística é fundamental porque organiza o fluxo de materiais, informações e pessoas. Do contrário, não é possível garantir a eficiência de qualquer serviço.
No entanto, a logística não acompanhou o crescimento da indústria farmacêutica. Dessa forma, enquanto se atende ao aumento da demanda de medicamentos por todo o Brasil, questões de transporte e armazenamento foram ficando em segundo plano. Contudo, é possível otimizar as operações sem perder o ritmo e, claro, a lucratividade.
Leia esse post até o fim e saiba o que evitar!
1. Ausência de áreas segregadas para a manutenção de medicamentos
Às vezes, a correria do dia a dia faz com que a escolha dos lugares para armazenar os medicamentos não seja a ideal. É o que acontece, por exemplo, quando não se tem um espaço exclusivo e reservado para manter esses produtos.
Por isso, mesmo que você estoque medicamentos em estantes, armários, prateleiras ou estrados, o mais importante é a localização do espaço. Isso significa utilizar uma área de fácil visualização para a otimização da identificação dos medicamentos, assim como do número de lote e do prazo de validade deles.
Evite o contato direto dos produtos com o solo, a incidência direta da luz solar e, também, a umidade, especialmente no caso dos comprimidos, que podem sofrer reações químicas ao absorver a umidade, resultando em perda de eficácia.
2. Equipe sem treinamento adequado
A falta de treinamento apropriado do time é outro erro muito comum, dificultando a realização das tarefas muito específicas encontradas na indústria farmacêutica. Porém, a integridade dos produtos depende de uma equipe bem-preparada para lidar com o armazenamento e a entrega dos medicamentos.
Afinal, é preciso seguir criteriosamente as instruções do fabricante em relação a fatores como temperatura, umidade, exposição à luz, entre outros que impactam a qualidade da mercadoria.
Portanto, não investir em treinamento pode provocar danos à segurança das embalagens, erros de precisão na conferência dos lotes dos medicamentos e até condutas que favorecem roubos e furtos, pois esse tipo de carga costuma ser muito visado por assaltantes.
3. Não dar atenção aos padrões de qualidade da Anvisa
O setor farmacêutico tem dificuldades de assegurar os padrões de qualidade da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que regula e fiscaliza as atividades dessa indústria. A complexidade nos processos é grande, e a chance de errar, também!
Na prática, quer dizer que muitas empresas falham, por exemplo: ao manipular produtos perecíveis; pela ausência de informações sobre medicamentos controlados e/ou perigosos; devido à falta de detalhes sobre as etapas das operações de transporte e/ou armazenamento; pela inexistência de indicações a respeito das características da operação quanto à mão de obra, ao funcionamento, aos procedimentos de carregamento das coletas e, também, à devolução dos produtos.
Lembrando que a desobediência às regulamentações causa prejuízos diversos, seja por conta do alto custo dos remédios de controle especial ou pela necessidade de outros, que são inflamáveis e precisam de refrigeração.
De qualquer maneira, as regras da Anvisa são fundamentais para a boa conservação dos medicamentos durante toda a sua validade.
4. Descuido no manuseio é um dos erros da logística farmacêutica
A delicadeza dos fármacos requer um manuseio mais cauteloso, dos operadores logísticos às farmácias. É crucial atuar com o máximo profissionalismo no armazenamento e na expedição desses produtos.
Descuidos no empilhamento máximo de caixas, nas prateleiras e nos armários, além de falta de clareza sobre as regras de abertura de geladeiras e câmaras frias, são situações que influenciam as variações de temperatura e prejudicam os medicamentos.
5. Não ter espaços apropriados para o armazenamento
Produtos farmacêuticos não podem ficar no mesmo espaço de outros tipos, como os químicos. Eles precisam de espaços próprios para não serem contaminados. Sem contar que os ambientes devem ter as condições ideais de ventilação, luminosidade e temperatura.
Os cuidados têm que ser redobrados com os medicamentos termolábeis, que necessitam de refrigeração adequada, de acordo com os padrões da RDC 430. Em hipótese nenhuma, eles podem dividir a mesma geladeira com água ou alimentação, por exemplo.
É essencial também deixar os medicamentos estocados de forma que seus dados (nome, prazo de validade e lote) possam ser identificados facilmente, estejam eles armazenados em prateleiras, estantes, estrados ou armários.
A ausência de espaços apropriados favorece a exposição dos medicamentos aos chamados fatores extrínsecos, isto é, temperatura, umidade e luz. Porém, é válido lembrar que, no caso do armazenamento no PDV, a estocagem correta ainda evita os fatores intrínsecos, ou seja, a hidrólise e a oxidação, entre outros.
6. Não monitorar temperatura dentro do caminhão e as condições do local de armazenagem
Em geral, a temperatura nos locais de estocagem não deve ficar acima de 25ºC ou 30°C para os medicamentos comuns. A maioria dos produtos farmacêuticos precisa ser armazenada e transportada em temperaturas que variam entre 15º até 25º para conservar a sua efetividade. Enquanto que, para os produtos termolábeis, ela deve variar entre 2ºC e 8ºC.
O controle da climatização dos ambientes é necessário para evitar a variação excessiva de temperatura e possíveis danos às propriedades dos fármacos. Uma atenção que deve ser dada também ao transporte, um dos grandes desafios logísticos da indústria farmacêutica.
O monitoramento é indispensável tanto nas entregas mais longas quanto nas rápidas ou nos pequenos pedidos. O importante é que os remédios cheguem em tempo hábil e em boas condições aos pacientes.
Fatores externos como calor, luz, umidade e contato com contaminantes podem prejudicar os produtos se não forem tomadas as medidas certas nas condições de transporte e armazenamento. O que inclui, ainda, os procedimentos rigorosos de limpeza, controle de pragas e umidade. Tudo nos níveis compatíveis com os materiais armazenados.
Além de permitirem a segregação de lotes e a rotação do estoque, as áreas de armazenamento devem ser projetadas ou adaptadas para garantir também a ordem de matérias-primas e produtos.
As instruções do fabricante em relação à temperatura, umidade, incidência solar, entre outros aspectos que impactam a qualidade dos produtos, devem ser seguidas rigorosamente. Aqui você encontra um guia completo da INFRAMETRO sobre o mapeamento térmico de galpões e ambientes.
6.1 Temperatura dentro do caminhão
Em um país como o nosso, é praticamente impossível pensar em transporte de medicamentos sem tecnologia avançada e controle rigoroso de temperatura. Sem isso, as grandes variações térmicas podem comprometer essas cargas tão sensíveis, principalmente os produtos termolábeis.
Mas, hoje, já é possível recorrer a dispositivos que integram sistemas de gestão de entregas à gestão de temperatura, permitindo ao embarcador receber informações precisas e em tempo real sobre as condições da carga, esteja ela onde estiver. Desse modo, erros pontuais podem ser corrigidos logo, evitando surpresas desagradáveis quando o caminhão chega ao destino.
Lembre-se: o que está sendo transportado pode ser essencial para o bem-estar e a vida de alguém. Gestores e operadores devem redobrar os cuidados com a logística farmacêutica, garantindo qualidade, eficiência e segurança aos medicamentos.
7. Falta de controle de lote
A falta de controle de lote está entre os 10 erros da logística farmacêutica. A falha no rigor maior permite confundir alguns remédios que possuem embalagens parecidas, mas com princípios ativos totalmente distintos.
Em vez da simples conferência visual, mais suscetível a distrações, usar códigos de barras é a solução tecnológica mais eficaz para conferir a carga no momento da entrega, atestando na hora se ela está correta ou não. Isso faz com que a probabilidade de erro diminua.
Recursos assim não são mais um luxo, mas uma necessidade. Um recall de medicamentos causa um prejuízo enorme para a saúde da população, e pode abalar de maneira definitiva a reputação de uma empresa.
8. Falta de integração
O desafio da falta de integração na logística farmacêutica só é resolvido se toda essa estrutura atender às necessidades específicas da indústria de medicamentos.
É crucial, portanto, encontrar soluções para diferentes questões e adequar o negócio às demandas do setor.
Dos pequenos aos grandes problemas, é preciso buscar respostas que melhorem a relação entre as empresas de logística e a área farmacêutica.
9. Falta de segurança na logística farmacêutica
A insegurança na logística de medicamentos é uma preocupação constante, pois essa carga é uma das mais visadas pelos criminosos. Então, é vital contar com tecnologias de roteirização inteligente, que auxiliam na construção de rotas mais eficientes e seguras.
Alguns sistemas integram dispositivos de segurança, assim como os de temperatura, avisando se o caminhão sai da rota programada, controlando paradas ou desvios fora do roteiro.
Existem ainda soluções capazes de travar e lacrar o baú, que só é liberado quando o embarcador avisar ou o veículo estiver próximo ao endereço de entrega, evitando furtos do meio do percurso, principalmente de cargas muito valiosas ou medicamentos perigosos.
Para aumentar a segurança dos motoristas e produtos, as empresas também devem adotar medidas como sigilo total no transporte, utilizar caminhões sem identificação externa do tipo de carga e recorrer somente a transportadoras de confiança.
10. Ausência de controle de acesso ao local de estocagem de medicamentos
Apenas pessoas devidamente treinadas e autorizadas devem frequentar o local de estocagem dos medicamentos, porque são profissionais conscientes das regras de manuseio, bem como da higiene do local.
Deve ser expressamente proibido o acesso de pessoas desavisadas, que passam pelo lugar para fazer refeições, por exemplo.
Portanto, é importante restringir a entrada e sinalizar a área, incluindo a colocação de avisos e das regras de manuseio.
Como você viu, a logística farmacêutica requer uma série de cuidados, da temperatura e local de estocagem ao monitoramento da rota a distância. Um processo repleto de desafios para garantir tanto a eficiência dos produtos quanto sua entrega no lugar e tempo certos. Afinal, são inúmeras as condições no caminho entre a indústria e a farmácia.
Sem controle e atenção, lotes de medicamentos são perdidos, os consumidores podem ter seus problemas de saúde agravados e o prejuízo financeiro pode ser irreversível para todos os envolvidos na delicada cadeia de fabricação, transporte e distribuição dos remédios.
Para evitar erros, o monitoramento deve ser feito até a entrega no ponto de venda, evitando a troca de lotes ou falhas na quantidade. Uma exatidão que pode ser garantida por meio de coletores de códigos de barras, que ainda auxilia na conferência do lote, inclusive se produtos precisarem ser recolhidos.
Os critérios da atividade logística no setor farmacêutico demandam customizações das soluções para dar conta da integridade das cargas e do cumprimento das normas regulamentadoras relacionadas. Mas os obstáculos podem ser superados, como mostramos acima.
INFRAMETRO: Referência nacional em qualificação térmica
A INFRAMETRO é focada em Qualificação, Validação e Calibração, especializada na adequação à RDC 430. Atendemos às necessidades do segmento farmacêutico, indústrias e demais setores que buscam qualidade e confiabilidade nestes serviços.
Fornecemos instrumentos, consultorias e treinamentos para atender dos fabricantes à farmácia, passando pela área de distribuição e logística, além de hospitais, clínicas e laboratórios.
Sua empresa pode melhorar a margem de lucro sem deixar de oferecer um serviço prático e seguro para todos. Quer saber mais sobre os principais desafios na logística de medicamentos? Confira abaixo o vídeo no qual nosso diretor Alexandre Lira fala sobre o tema.
Não cometa os 10 erros da logística farmacêutica descritos acima e nenhum outro. Conheça as soluções da INFRAMETRO, referência nacional em qualificação térmica.
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